terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Ulisses Freitas: O Preço de um Sonho

Por Anderson Barbosa
(jornalistaanderson@yahoo.com.br)


Quanto valeu um sonho? Um milhão e meio de reais? Uma frota de carros ou centenas de imóveis de luxo? Para o paratleta Ulisses Freitas o sonho custa 30 mil reais. É o valor necessário para comprar uma hadbike (bicileta de mão) importada. Ele acredita que com ela vai ser possível alcançar à Paralimpíada 2016, aqui no Brasil. "Vou te mostrar que serei o primeiro sergipano em uma Paralimpíada, mas para isso preciso de uma bike que me dê chance de competir de igual para igual com os outros atletas e com os gringos", explica.


Foto: Fábio Linhares
 

O sonho virou informação no site Vakuinha (http://www10.vakinha.com.br/VaquinhaE.aspx?e=252938), um desejo que necessita de apoio, afinal ser atleta neste país não é fácil. "Tenho em mim que o ser humano vive de sonhos, comigo não é diferente, tenho grandes sonhos. Agradeço todos os dias por tudo que conquistei, das menores as maiores conquistas, mas para que esses sonhos virem realidade, preciso da ajuda de todos. Não é fácil ser atleta e se manter quando falamos de qualquer esporte, ainda mais no Ciclismo, onde uma boa porcentagem do desempenho nas competições depende bastante do equipamento usado", explica Ulisses.

(Foto: Arquivo Pessoal)


Para se somar a causa basta comprar um bilhete de uma rifa de uma bicicleta no valor de 10 reais, parece tão pouco, mas é de 10 em 10 que o Guerreiro espera conquistar mais um degrau nesta vida.

Na busca do objetivo Ulisses trancou a faculdade de Direito (2º período) para se dedicar aos treinos diários e o apoio da família foi indispensável. O desejo é ser visto pelos técnicos, medalhar mais, porém ele sabe dos riscos, da necessidade de terceiro para primeiro no ranking nacional da categoria HC3. "Estou forte como um cavalo, mas preciso de equipamento", justifica.

(Foto: Arquivo Pessoal)


"Falando com minha esposa disse: poxa, posso comprar um carro e curtir, estudar e trabalhar, ganha dinheiro Mas se chegar em 2016 e eu vê e pensar, poderia ser eu ali. Então quero gravar meu nome e pode ter certeza que não vou para passear, vou gravar meu nome com medalha para ser lembrado para sempre", foi o depoimento que recebi num final de noite por uma rede social, quando encerrava meus trabalhos na emissora que trabalho.

São histórias como estas que merecem ser conhecidas, apoiadas e incentivadas pelos grandes empresários. Agora, se neste país os grandes se omitem, cada um de nós podemos unir forças e acreditar em quem tanto tem para conquistar. Não duvide, que ainda vamos ouvir o nome de Ulisses Freitas ecoar neste país, afinal ele já ecoa em nossos corações.

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